
Primavera
Carnaval
Origem Histórica

Século XVIII/XIX
Século XVIII/XIX. As suas origens são incertas, sendo quem os exemplares mais antigos são do século XVIII/XIX. Pela tradição são habitualmente associadas às Maias. Ainda durante parte do século XX, foi tradição nas áreas rurais realizar um conjunto de práticas para “Não deixar entrar o Maio”. Em diversas zonas do Alentejo, nomeadamente Portalegre, as Maias eram celebradas por jovens vestidas de branco e com flores. Porém, a associação não é pacífica. Já Luís Chaves, para além de adiantar a hipótese das Maias, indica que as Primaveras provêm das antigas danças carnavalescas. Provavelmente o Boneco mais não será que uma alegoria à estação Primavera, tendo por fonte de inspiração outros modelos com a mesma evocação.<br />
Designam-se por Primavera duas peças distintas. Uma carateriza-se por possuir amplo arco em arame com flores embutidas. Este modo de colocação do arco entende-se por um motivo prático, dado que era impossível cozer o arco nas mãos do boneco, sob pena de as contrações do barro partirem os braços da peça. Assim, suportado nos ombros, nada acontece, mantendo-se a peça em bom estado. Este modelo, na sua versão mais antiga, tem clara função como Paliteiro, segundo se depreende pelos furinhos presentes na cornucópia.<br />
O segundo modelo de Primavera não tem arco, e é chamada Primavera do Toucado, pois possui grande toucado com plumas coloridas. Devido ao colorido da pintura, chegou-se a adiantar que estes bonecos teriam por inspiração modelos brasileiros, o que não corresponde à sua verdadeira origem. Esta figura é um Tocheiro, cópia popular de esculturas barrocas semelhantes existentes em igrejas e casas abastadas, as quais eram usadas nos altares ou nichos para colocar velas.
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